Papa Francisco poderá vir a Belo Horizonte em julho

Após mais de trinta anos da visita do beato João Paulo II a Belo Horizonte, a capital mineira poderá novamente ver de perto um pontífice. O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, revelou, com exclusividade a reportagem, nesta sexta-feira, que pretende convidar o papa Francisco, recém eleito no Conclave, para vir à cidade em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude.

“É o que nos sempre desejamos. Que o papa nos visite, vindo ao Rio de Janeiro. Obviamente nosso convite, que foi anteriormente feito, permanece. A figura do papa, por sua importância para Igreja, será de grande alegria para todos”, disse o religioso, durante missa em comemoração aos 90 anos do seminário da Arquidiocese de BH.

Na mesma época da Jornada Mundial, acontecerá em Belo Horizonte o Encontro Mundial de Universidades Católicas, na PUC Minas. Além disso, o papa poderá abençoar as obras da futura Catedral Cristo Rei, na região norte. Os dois eventos são os argumentos para trazer o papa Francisco à capital mineira.

“Agora, naturalmente, ao iniciar um novo ministério, o papa receberá convite de diversos países. E nós também vamos fazê-lo. Faz parte do nosso jeito de ser. Desejamos que Deus possa abençoá-lo para que visite a muitos. Chance de vir a Belo Horizonte, certamente tem, mas é difícil avaliar o contexto. Vamos aguardar com oração e torcendo”, explica o arcebispo de Belo Horizonte.


Dom Walmor teve contato com o então arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Mário Bergoglio durante a V Conferência do Episcopado Latino-americano em 2007, em Aparecida (SP). “Tive a oportunidade de conviver com e ele e relembro-me de sua participação muito importante na redação do documento de Aparecida. Um conhecimento acompanhando seus mais mais de vinte anos de pastoreio em Buenos Aires, mostrando esse homem simples e bom, que significa um sinal de esperança para nossa Igreja na cidade de Belo Horizonte”, analisa.

O cardeal dom Raymundo Damasceno, presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, confirmou nessa quinta que o papa Francisco virá mesmo ao Brasil em julho. O religioso conversou com o pontífice, que vai manter a agenda feita por seu antecessor, Bento XVI.



O projeto da Catedral Cristo Rei foi apresentado em julho de 2011 ao então papa Bento XVI. Em março do ano passado, durante visita ao Vaticano, o governador do estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia também reforçou o convite para uma visita papal ao estado. Resta saber se Belo Horizonte entrará na agenda de Francisco em julho.

Visita de João Paulo II

O beato João Paulo II (1920-2005) esteve em Belo Horizonte em 1º de julho de 1980. O pontífice celebrou missa campal na Praça Governador Israel Pinheiro, no Mangabeiras. Cerca de um milhão de pessoas estiveram na celebração.

Desde então, o local recebe o nome de Praça do Papa, em homenagem ao religioso polonês, que está em processo de canonização. A frase proferida por João Paulo II também ficou na memória dos cidadãos até hoje: “Olhando para vocês, vi um belo horizonte”, disse .

Seminário

A Arquidiocese de Belo Horizonte celebra os 90 anos do Seminário Coração Eucarístico de Jesus, criado onde hoje funciona a PUC Minas. A Igreja vai construir a nova sede da instituição responsável pela formação de novos padres em um terreno que originalmente foi casa de verão do primeiro bispo da cidade, Dom Cabral. Depois o local virou um seminário, ficou inutilizado por um tempo e agora recebe o projeto.

O espaço conta com 5 mil m2 e terá capela, dormitórios e um claustro com jardins no centro. Atualmente, 48 seminaristas se preparam para o sacerdócio na Arquidiocese, orientados por nove padres formadores. Em homenagem ao primeiro arcebispo, o local chamará “Vila Dom Cabral”.

O seminário de Belo Horizonte já abrigou religiosos que se destacaram nacionalmente, como o Cardeal Motta, os bispos dom Alberto Taveira, dom Aluísio Pena Vitral, cardeal Mota e o padre Alberto Antoniazzi.

“A construção da nova sede do Seminário tem como objetivo qualificar ainda mais a formação dos sacerdotes e também acolher os padres, em um espaço de congregação. Somos uma Igreja de servidores e ministros, uma Igreja Ministerial, na alegria da vivência da fé, seguindo sempre o Evangelho”, disse dom Walmor em sua homilia.

Fonte: em.com.br





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