Ativistas do Femen protestam em loja de roupas femininas em Belo Horizonte

Três ativistas do grupo Femen Brazil protestaram na tarde de domingo (11) em uma loja da marca Marisa, de roupas femininas, no centro de Belo Horizonte. Uma quarta integrante do grupo fez as fotos, que já estão publicadas no site do movimento. Foi o segundo protesto do Femen Brazil na capital mineira, desta vez contra comerciais da marca que o grupo considerou “sexistas”.

De shortinhos e topless, com a frase “Amo meu corpo” pintada sobre os seios e a barriga, e empunhando cartazes contra a “ditadura da beleza”, as três mulheres derrubaram manequins e roupas pelo chão da loja. O protesto começou às 14h30 e durou cerca de cinco minutos.

Segundo Ananda Cronos, 24, uma das ativistas do grupo, “as funcionárias ficaram meio assustadas, foram para o fundo da loja” e o segurança ficou “desnorteado”. “Não sabia se botava a gente pra fora, mas nos agrediu verbalmente, chamou de vadia e outras palavras de baixo calão. Um homem três vezes maior que a gente, que teve todo um treinamento, não consegue lidar com uma mulher nua”. Os seguranças não usaram violência contra as mulheres.

Sara Winter, a líder do movimento, diz que o objetivo do protesto era criticar comerciais da marca, que o grupo considera “sexistas”. “Nossa intenção era demonstrar que não concorda que a loja propague o sexismo e limite o ser humano a ser o que a sociedade impõe a nós mulheres, a sermos produtos, sempre lindas e magras. Realmente não concordamos que mulher tem que fazer regime pro verão”.




Segundo Sara, assim que o segurança fechou as portas, as ativistas saíram “rapidinho”, para não correrem o risco de serem presas. “Não fazia sentido protestar ali só pras funcionárias”.

Ela estava acompanha de Anna Steel, 18, de Nova Lima, e Sabrina Sande, 21, de Ibirité, que também fizeram topless. Ananda Cronos, de 24 anos, de Belo Horizonte, tirou as fotos do evento. As três mineiras se juntaram ao grupo neste ano.

Ontem (12), Sara e Anna estiveram na cidade do Rio de Janeiro, onde darão palestra sobre como usar o corpo como arma de protesto. Elas também pretendem protestar na capital fluminense, mas ainda não definiram contra o quê.

A rede Marisa enviou nota em que diz que “respeita o direito de livre manifestação, mas repudia atos violentos que coloquem em risco seus clientes e colaboradores”.

Sobre o motivo para os protestos, a rede diz que está “sempre aberta ao diálogo” e que “tem muito orgulho de ter acompanhado a evolução da mulher na sociedade”. “Há mais de 60 anos no mercado, a companhia está presente em todos os estados brasileiros e mais de 70% de seus colaboradores são do sexo feminino”, conclui a nota.

Apesar de ter sido questionada a respeito, a rede não comentou declarações das ativistas de que foram agredidas verbalmente, com palavras de baixo calão emitidas por seguranças da loja.

Fonte: G1





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