Catalogação de árvores em BH deve ser concluída com um ano de atraso

A poda dos fícus, na Região Hospitalar de Belo Horizonte, tem chamado a atenção da população. Moradores já realizaram até mesmo manifestações pedindo a preservação deste patrimônio da capital mineira. O trabalho de catalogação das árvores de Belo Horizonte realizado pela prefeitura, pode ajudar a prevenir novas podas. Porém, o projeto teve seu cronograma alterado e deve ser concluído com quase um ano de atraso, em dezembro deste ano.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, apenas 35% dos estudos foram concluídos até agora. O projeto leva equipes que avaliam a saúde e outras características, como localização, das árvores. Por meio de um tablet, 57 informações detalhadas são preenchidas, além de fotos. “Através desse sistema vai ser possível cruzar informações e fazer planos de manejo para o tratamento dessas árvores”, diz o gerente de projetos especiais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Júlio de Marco.



Segundo a prefeitura de Belo Horizonte, a revisão do cronograma foi necessária após ser verificado que a cidade tem mais árvores do que as calculadas anteriormente. O número subiu de 300 mil para 350 mil. De acordo com o gerente do projeto, a outra razão do atraso foram os furtos de tablets que aconteceram no início do trabalho de campo Com isso, foi necessário contar com a cobertura da guarda municipal, que agora acompanha o serviço na cidade de Belo Horizonte.

De acordo com o biólogo Francisco Mourão, o atraso representa riscos para a cidade. “Evidentemente trás riscos de segurança às pessoas e, além disso, compromete o acompanhamento da saúde das árvores”, diz. No ano passado, uma mulher morreu atingida por um jatobá no parque municipal de Belo Horizonte. Na época, técnicos identificaram uma infestação de cupins na raiz.


Já os 53 fícus da Avenida Bernardo Monteiro, no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul da cidade, foram atacados por outros tipos de pragas. A poda se tornou inevitável desde setembro do ano passado. Nenhuma árvore ameaça cair, segundo a gerente de gestão ambiental da prefeitura. Os pesquisadores do inventário ainda não chegaram na região Centro-Sul.

A expectativa é que a pesquisa na região comece em abril e leve até quatro meses para terminar.

Fonte: G1





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